Para quem imagina que mulher não entende de esporte, há um grande engano. Elas podem até ser considerada minoria ou salvas em algumas exceções por parte de muitos homens. Assim entendem Celíra Fonseca e Michele Fraga, estudantes de Comunicação Social da PUC-MG, que se consideram uma dessas exceções da presença feminina nas discussões esportivas. Juntas elas realizam um programa esportivo na rádio on line da Universidade (http://www.fca.pucminas.br/radio ), falando de esporte e entrevistando diversos atletas do futebol e vôlei. Elas dizem que quando perguntadas sobre as diversas modalidades esportivas, mostram que estão por dentro do assunto e debatem com quem as pergunte.
Suas pretensões vão além de Cruzeiro e Atlético, ficar na torcida organizada, ou em fã clube, dizem. Elas já fizeram mais de 20 programas que podem ser ouvidos no site, entrevistaram jogadores da seleção de vólei brasileira, como Giba, Ricardinho, Murilo e também o técnico Bernadinho durante a “Liga Mundial de Vólei”. Além de entrevistar jogadores do time adversário como o técnico e jogadores do Canadá. As jovens vão novamente realizar entrevistas com os jogadores durante os eventos da Liga Mundial de Vôlei.
Foram realizados jogos de Brasil e Sérvia em São Paulo e haverá partidas em Belo Horizonte e Goiânia, com final marcada de 23 a 27 de junho no Rio. As estudantes programam cobrir os jogos em Belo Horizonte e no Rio.
Elas também já pisaram nos gramados do “Mineirão”, que segundo contam tiveram os mesmos acessos que a imprensa tem durante uma cobertura esportiva. Mas o que o momento maior que elas apontam é uma entrevista realizada com o radialista e apresentador Eduardo Schechel conhecido como“Dudu”, onde apresenta um programa na radio 98fm e TV Alterosa de Belo Horizonte. Miclhelle conta que foram bem recebidas pela equipe do apresentador “Além do mais, quando agente chegou lá, ele tinha reservado uma sala para fazermos a entrevista, foi na verdade um momento mais intimo em que tivemos, pois nos outros momentos embora tenham sido bom, estava toda a imprensa, já com o Dudu foi um momento reservado para nós” diz Michelle, com concordância por parte de Celira.
As jovens vaõ para 4ºperíodo de Comunicação e pretendem se especializar para trabalhar na redação esportiva. Elas explicam que o esporte foi a primeira e única idéia que logo de inicio as duas pensaram. Celira conta que após a aula daquele dia, juntas elas conversaram sobre a possibilidade de fazer um programa com a coordenadora do laboratório de áudio. “Na semana seguinte nós já tínhamos o roteiro, onde sabíamos que seria só mulher falando de futebol, só faltava definir o nome do programa” conta
BATOM ESPORTE
A idéia do nome “Batom Esporte Clube”, começou com a sugestão de uma tia de Celira. Ela conta que conversando com ela sobre a possibilidade de criar um programa feito por mulheres, falando de esporte, sua tia sugeriu “batom com canela”, o batom representando a feminilidade do programa e canela em função das pernas das jogadores(as). Idéia que foi reformulada, pois segundo elas, batom com canela poderia confundiria os ouvintes, deixando a possibilidade de enter a expressão canela, com a erva usada para dar gosto em alimentos. Segundo Michelle, poderia haver um entendimento das pessoas de que elas queriam falar das pernas dos jogadores. “Até mesmo porque nós pensamos no futebol como foco maior do programa, mas não só futebol, também queríamos abranger o esporte em geral” explica. Ambas são torcedoras do Cruzeiro Esporte Clube, mas dizem que há uma imparcialidade durante a gravação do programa on line.
O sucesso do programa resultou em uma realização de um campeonato esportivo realizado pelo DACOI (Diretório Acadêmico Estudantil) da Universidade, onde alunos do primeiro ao oitavo periodo de comunicação disputaram o título promovido pelo Diretório.
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